Prefeitos vão ter pouca margem de manobra para cumprir promessas de campanha

Fórum de prefeitos promovido pela Fecam, em Balneário Camboriú, no início de novembro, chamou atenção sobre os desafios na administração pública / Foto: Henrique Kotaka/ Divulgação

Especialistas em orçamento público apontam que os primeiros dois anos de mandato vão ser de ajuste fiscal, caso os prefeitos queiram entregar alguma obra mais no fim do mandato, alguma coisa de maior monta, porque nos dois primeiros anos não vai ter de onde tirar. Dados mais recentes divulgados pelo Banco central revelam que, apesar de o setor público consolidado – composto pela União, estados, municípios e empresas estatais – ter registrado, em outubro, um superávit primário de R$ 36,8 bilhões, os governos municipais, separadamente, apresentaram resultado negativo de R$ 3,6 bilhões. No mesmo mês do ano passado, houve déficit de R$ 1,4 bilhão para esses entes. Diante desse quadro, o ano de 2025 será desafiador para as gestões locais, sobretudo para os novos prefeitos que assumem a partir de janeiro. Entre as medidas necessárias para reverter esse cenário está o enxugamento da máquina pública. (Fonte: Brasil 61)

Os prefeitos que assumem em janeiro de 2025 enfrentarão uma série de desafios significativos. Entre os principais estão:

Reforma Tributária: A implementação da reforma tributária será um grande desafio. A transição para o novo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e a substituição do ISS e ICMS exigirão adaptações nas administrações municipais.

Déficit nas Contas Públicas: Muitos municípios estão enfrentando déficits fiscais, o que exigirá medidas de ajuste fiscal e enxugamento da máquina pública para recuperar a capacidade de investimento.

Demandas Locais: Questões como saneamento básico, infraestrutura urbana e segurança pública são prioridades para a população e precisarão de atenção especial.

Planejamento Estratégico: Será necessário um planejamento estratégico econômico para desenvolver a economia local e atender às demandas dos setores industrial, de serviços e agrícola.

Esses desafios exigirão dos novos prefeitos habilidades administrativas, capacidade de inovação e resiliência para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos e navegar pelo complexo cenário político e econômico atual.

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