Aposentado há 46 anos, homem mais velho do mundo tem mais idade que o próprio INSS

Aposentado desde 1978, o homem mais velho do mundo é brasileiro e mais velho que o próprio INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). A instituição completa 102 anos nesta sexta-feira (24), enquanto o cearense, João Marinho Neto, possui 112 anos. A informação foi divulgada pelo órgão, que se diz “satisfeito” em ter o idoso no rol de segurados.

Homem mais velho do mundo é brasileiro e é pensionista do INSS desde 1978, diz instituição – Foto: INSS/ND

O idoso vive em Apuiarés, cidade de 13 mil habitantes, a 250 km da capital, Fortaleza. Ele se aposentou como Empregador Rural, aos 66 anos. A classificação, atualmente, possui outra denominação e requisitos, que evoluiu com o passar dos anos.

“Doce senhor”, diz INSS sobre aposentado

João Marinho Neto foi reconhecido pelo Guiness Book como o homem mais velho do mundo após o falecimento de um britânico de mesma idade, em novembro de 2024. Antes disso, ele constava no livro dos recordes como homem mais velho da América Latina.

“Sem essa de ‘terror do INSS’. O doce senhor, com uma década a mais que a própria previdência social brasileira, foi reconhecido e usufrui do direito conquistado”, diz a nota divulgada pela instituição. Ele vive em um lar de idosos, com outras 11 pessoas.

Idoso de 112 anos vive no município de Apuiarés, no interior do Ceará – Foto: Aprece/ND

Homem mais velho do mundo tem até tataranetos

João nasceu em 5 de outubro de 1912, em Maranguape (CE), e dedicou a vida às atividades no meio rural, como contou ao INSS. “Criava gado, bode, capote…”, conta o cearense.

O homem centenário tem uma grande família, com 7 filhos, 22 netos, 15 bisnetos e 3 tataranetos, que vivem em diversas cidades do Brasil. João Neto segue uma rotina de cuidados e tranquilidade junto aos demais residentes.

Pensionista se aposentou como empregador rural aos 66 anos – Foto: José Cruz/Agência Brasil/ND

O cearense gosta de visitas e ainda consegue se comunicar, apesar da baixa audição e visão. “Queria voltar a enxergar e ouvir”, diz emocionado. A cuidadora do aposentado, Aleluia Almeida, relata que João já foi contactado por pesquisadores para investigação sobre longevidade, e que o processo de inscrição no Guiness Book foi devidamente documentado.