Medo de ser enterrado vivo? Cemitério em Blumenau conta com rotas de fuga; entenda

Entre as árvores silenciosas e o murmúrio distante da cidade, um cemitério de Blumenau guarda histórias e curiosidades capazes de intrigar até os mais céticos, especialmente para aqueles que têm medo de serem enterrados vivos.

 cemitério em Blumenau com rotas de fuga

Cemitério de Blumenau conta com rota de fuga – Foto: Arquivo/NDTV

Rotas de fuga estão presente em cemitério de Blumenau

Algumas sepulturas do local possuem saídas de emergência, verdadeiras “rotas de fuga”, caso alguém seja sepultado ainda com vida.

O proprietário do cemitério, Alcione da Silva, revela que a ideia de criar essas rotas nasceu de um trauma de infância.

“Eu tenho esse trauma e medo da morte desde os nove anos. E quando comecei a trabalhar em cemitério, 11 meses depois, meu pai faleceu. Eu tive a preocupação na época de que não tocassem no corpo dele. Fiz um velório de 36 horas e, só após ter certeza de que ele realmente havia falecido, sepultei o corpo. Ainda assim, mantive a sepultura aberta por mais três dias, até começar o cheiro da decomposição”, explica Alcione.

 cemitério em Blumenau com rotas de fuga

A ideia de criar essas rotas nasceu de um trauma de infância. – Foto: Arquivo/NDTV

Com o tempo e após mudanças na legislação, ele decidiu implementar um cemitério vertical, buscando reduzir custos e democratizar o acesso. Durante esse processo, desenvolveu o conceito das “rotas de fuga”.

“Durante esse desenvolvimento, alcançamos a pressão negativa dentro das sepulturas. Foi aí que pensei: agora, a pessoa consegue sair sozinha daqui se for necessário, e eu não preciso mais manter a sepultura aberta. Assim surgiu a Rota de Fuga”, completa.

Há quatro anos, o cemitério oferece essa alternativa inovadora, contando com um mecanismo pensado especificamente para casos de sepultamento prematuro.

Trauma de infância inspira dono de cemitério em Blumenau a criar rotas de fuga para quem teme ser enterrado antes da hora - Arquivo/NDTV

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Trauma de infância inspira dono de cemitério em Blumenau a criar rotas de fuga para quem teme ser enterrado antes da hora – Arquivo/NDTV

Rotas de fuga para pessoas que são sepultadas vivas estão presentes em cemitério de Blumenau - Arquivo/NDTV

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Rotas de fuga para pessoas que são sepultadas vivas estão presentes em cemitério de Blumenau – Arquivo/NDTV

Cemitério de Blumenau conta com rota de fuga - Arquivo/NDTV

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Cemitério de Blumenau conta com rota de fuga – Arquivo/NDTV

“As sepulturas têm um lacre sensível, muito fácil de ser rompido. O corpo continua vivo. Ele é formado por trilhões de microrganismos que têm vida própria e se auto consomem. Usamos uma geomembrana que transforma os resíduos em chorume, que evapora e é filtrado por um biofiltro. Com oxigênio, a decomposição ocorre de forma natural. Mas, caso a pessoa não tenha falecido, o corpo não será auto consumido”, detalha Alcione.

Combinando ciência e engenhosidade, o cemitério oferece uma abordagem singular para um dos maiores medos da humanidade, transformando o terror em uma curiosa solução de segurança.

 

 

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