

Fernanda Fazio estaria presente na emboscada que vitimou Fernanda Bonin, professora estrangulada e morta em SP – Foto: Reprodução/R7/ND
A ex-esposa de Fernanda Bonin, professora estrangulada em São Paulo, planejou a emboscada e assistiu enquanto os suspeitos atacavam a vítima, segundo a investigação. A veterinária Fernanda Fazio se entregou à polícia na sexta-feira (9).
Os investigadores também apontam que um dos filhos do casal estava no carro de Fazio no momento da ação. Ela é suspeita de encomendar o assassinato da professora estrangulada por ciúmes.
O corpo de Fernanda Bonin foi encontrado em 28 de abril com um cadarço amarrado no pescoço e sinais de estrangulamento, após desaparecer no dia 27 de abril.
Além da ex-companheira, João Paulo Bourquim também foi preso. Ele foi flagrado abandonando o carro da vítima na noite do crime, ao lado de uma mulher que ainda não foi identificada.
A polícia encontrou vários cadarços na casa de João Paulo Bourquim, que alegou “colecionar” os itens. Ele negou envolvimento no assassinato e disse que foi contratado somente para desaparecer com o carro da professora estrangulada.
Outros dois suspeitos, Rosenberg Joaquim de Santana (“faz-tudo” de Fazio conhecido como “Bergui”) e Ivo Rezende dos Santos, estão foragidos. A professora de matemática Fernanda Bonin teria sido rendida pelos três homens, que portavam uma faca.
Ex-esposa atraiu professora estrangulada para emboscada e comunicou desaparecimento à polícia
Fernanda Bonin, de 42 anos, desapareceu em 27 de abril ao sair para socorrer a ex-companheira, que estaria com problemas mecânicos no carro. Fernanda Fazio, 45 anos, enviou a localização e atraiu a vítima para a emboscada.
As duas estavam casadas havia oito anos, mas moravam em casas separadas desde o ano passado. Fazio levava os dois filhos do casal para a casa de Bonin quando o carro supostamente parou na Avenida Jaguaré e ela pediu ajuda.
Imagens de monitoramento mostram a vítima deixando do prédio sozinha. Em seguida, ela saiu em uma SUV Hyundai Tucson para socorrer a ex-companheira, que teria sido a última pessoa com quem teve contato.

Professora estrangulada e morta em São Paulo saiu de casa para socorrer a ex-esposa no trânsito – Foto: Reprodução/RecordTV/ND
Fernanda Fazio alegou que Bonin não apareceu no local combinado. Para tentar construir um álibi, ela foi até o apartamento da vítima e disse que não conseguiu entregar as crianças porque a ex não estava em casa.
No dia seguinte, quando a professora de matemática não foi trabalhar, Fazio comunicou o desaparecimento às autoridades. Ela chegou a depor duas vezes como testemunha, até que uma reviravolta no caso revelou que seria a mandante do crime.
O corpo foi encontrado em um terreno baldio na Avenida João Paulo da Silva, na Vila da Paz, a partir de uma denúncia anônima. A professora estrangulada estava caída de costas, com roupas que aparentavam um pijama, e tinha o pescoço amarrado por um cadarço.
Interesse financeiro pode ter sido motivação para matar professora estrangulada em SP
A principal linha de investigação é que Fazio teria encomendado a morte da professora estrangulada porque não aceitava o fim do relacionamento. Outra hipótese, porém, indica que o crime foi motivado por dinheiro.

Cinco suspeitos teriam participado do crime, entre eles a ex-esposa da vítima e o “faz-tudo” Rosenberg Joaquim de Santana – Foto: Polícia Civil/Divulgação/ND
O seguro de vida de Fernanda Bonin é avaliado entre R$ 400 mil e R$ 500 mil. Segundo a polícia, a clínica veterinária da ex-companheira estaria passando por dificuldades financeiras. A defesa de Fernanda Fazio nega a teoria, destacando que os filhos do casal seriam os beneficiários do seguro.
Bonin era graduada em matemática pela USP (Universidade de São Paulo) e especializada em necessidades especiais na educação pela Universidade MacEwan, do Canadá. Ela lecionava na Beacon School, escola bilíngue de alto padrão.