

Senadora rebate Virginia após tentativa de encerrar sessão – Foto: Andressa Anholete/Agência Senado
O depoimento de Virginia Fonseca na CPI das Bets, nesta terça-feira (13), teve momentos leves, mas também de tensão. Um dos destaques foi quando a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) respondeu a influenciadora, após ela tentar encerrar a sessão antes da hora.
Tudo começou quando Soraya pediu para exibir um vídeo antigo em que Virginia aparece dizendo que estava “viciada em jogar” e que “nunca mais conseguiu sair” das apostas online.
Em resposta, Virginia explicou que fechou contrato recentemente com a empresa Esportes da Sorte e que, na época do vídeo, não conhecia as regras do Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária). Ela também comentou que o Conar muda constantemente suas regras e que, por isso, não sabia das exigências atuais.
Virginia Fonseca afirmou que sairia do Senado mais reflexiva, pois desconhecia muitos dos dados e informações que foram apresentados durante a sessão.
Ao final de sua fala, a influenciadora perguntou: “E agora, será que a gente finaliza?” A senadora Soraya respondeu de forma direta: “Finaliza. A hora que o presidente [quiser]. Quem manda é ele.”
Veja o momento em que a senadora rebate Virginia:
Senadora rebate Virginia após tentativa de encerrar sessão – Vídeo: TV Senado/Reprodução/ND
Virginia nega ter recebido ‘cachê da desgraça’
Durante seu depoimento, a influenciadora Virginia Fonseca negou ter recebido qualquer valor extra por perdas de seguidores ou desempenho em sites de apostas, o que vem sendo chamado nas redes sociais de “cachê da desgraça”.
Ela explicou que seu contrato com uma empresa de apostas incluía uma cláusula de bônus: se a empresa dobrasse os lucros, ela teria direito a 30% a mais sobre o valor fixo acordado. No entanto, segundo Virginia, isso nunca aconteceu.

Senadora rebate Virginia após tentativa de encerrar sessão – Foto: Andressa Anholete/Agência Senado
“Nunca recebi R$ 1 a mais do que o meu contrato de publicidade que eu fiz por 18 meses. Era um valor fixo, se eu dobrasse o lucro [da empresa contratante], eu receberia 30% a mais da empresa, mas isso não chegou a acontecer”, disse a influenciadora.
Virginia também disse que não se pronunciou na época das notícias sobre o “cachê da desgraça” por conta de cláusulas de confidencialidade presentes em seus contratos.
Ela completou dizendo que esse tipo de cláusula de bônus por resultado é comum em seus contratos de publicidade, e não foi algo exclusivo de parcerias com plataformas de apostas.