O que é o Câncer de Linfoma de Hodgkin, do qual Isabel Veloso entrou em remissão

À esquersa, isabel Veloso, que enfrentava desde 2021 o Câncer de Linfoma de Hodgkin. À direita, soro hospitalar

Isabel Veloso enfrenta a doença desde 2021, quando foi diganosticada com o Câncer de Linfoma de Hodgkin – Foto: Divulgação/ND; Banco de Imagens/ND

O Câncer de Linfoma de Hodgkin, do qual Isabel Veloso entrou em remissão, é uma doença que, segundo o Ministério da Saúde, do Governo Federal, acomete o sistema linfático dos pacientes. Ele atinge também os tecidos que produzem as células responsáveis pela imunidade.

De acordo com a pasta, o linfoma de Hodgkin tem a característica de se espalhar de forma ordenada, de um grupo de linfonodos para outro grupo, por meio dos vasos linfáticos. O pescoço, as axilas e a parte superior do tronco são as regiões mais afetadas, indica o Hospital Albert Einstein.

O que é o sistema linfático?

Conforme o NIH (National Institutes of Health), “o sistema linfático, ou sistema linfoide, é um dos componentes do sistema circulatório e desempenha um papel crítico tanto na função imunológica quanto na drenagem do excesso de fluido extracelular”.

Segundo a agência governamental, quase todos os órgãos, regiões e sistemas do corpo humano são percorridos por canais linfáticos.

Como o Câncer de Linfoma de Hodgkin surge?

Segundo o Ministério da Saúde, a doença surge quando um linfócito — célula de defesa do corpo —, transforma-se em uma célula maligna, capaz de multiplicar-se descontroladamente e disseminar-se. Ela começa a produzir, nos linfonodos, cópias idênticas, também chamadas de clones.

Com o passar do tempo, essas células malignas podem se disseminar para tecidos próximos, e, se não tratadas, podem atingir outras partes do corpo.

O Câncer de Linfoma de Hodgkin pode ocorrer em qualquer faixa etária, mas é mais comum entre adolescentes e adultos jovens (15 a 29 anos), adultos (30 a 39 anos) e idosos (75 anos ou mais). Os homens têm maior propensão a desenvolver este câncer do que as mulheres.

Quais são os sintomas do Câncer de Linfoma de Hodgkin?

Ínguas nas regiões onde há linfoma, como pescoço, axilas e virilhas - Banco de Imagens/ND

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Ínguas nas regiões onde há linfoma, como pescoço, axilas e virilhas – Banco de Imagens/ND

Tosse e falta de ar - Banco de Imagens/ND

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Tosse e falta de ar – Banco de Imagens/ND

Inchaço do abdômen - Banco de Imagens/ND

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Inchaço do abdômen – Banco de Imagens/ND

Febre - Banco de Imagens/ND

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Febre – Banco de Imagens/ND

Coceira na pele - Banco de Imagens/ND

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Coceira na pele – Banco de Imagens/ND

Perda de peso - Banco de Imagens/ND

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Perda de peso – Banco de Imagens/ND

A depender da localização de onde a doença surge, o paciente pode apresentar os seguintes sintomas, conforme o Hospital Albert Einstein:

  • Formação de ínguas nas regiões onde há linfoma, como pescoço, axilas e virilhas;
  • Tosse e falta de ar, quando a doença ocorre na região superior do tronco;
  • Inchaço do abdômen e sensação de estômago cheio, quando a doença se desenvolve nas regiões da barriga e do quadril;
  • Febre acima de 37,9°C;
  • Coceira na pele, acompanhada de pele seca e escamosa, vermelhidão e pequenas bolhas que surgem nas mãos e/ou pés;
  • Perda de peso.

Quais são as causas?

O Câncer de Linfoma de Hodgkin ainda não possui uma causa totalmente conhecida. Estudos, contudo, indicam que a doença não é hereditária e apontam que uma infecção pelo vírus Epstein-Barr pode afetar o DNA de algumas células de defesa do organismo humano.

Elas, por sua vez, podem acarretar o desenvolvimento das células cancerígenas do Linfoma de Hodgkin.

Como é feito o diagnóstico da doença?

Segundo o Hospital Albert Einstein, o diagnóstico da doença é feito por meio de diferentes exames, entre eles uma biópsia que nvolve a remoção de uma pequena amostra de tecido do linfonodo afetado pelo câncer e um PET CT, que permite visualizar a presença do linfoma no interior do corpo.

Qual é o tratamento do Câncer de Linfoma de Hodgkin?

  • Poliquimioterapia: método que envolve o uso de múltiplos medicamentos quimioterápicos. As substâncias são injetadas na veia do paciente, com o objetivo de combater as células do câncer e impedir a sua multiplicação;
  • Radioterapia: tratamento usado para complementar a poliquimioterapia, ao utilizar raios-x com o objetivo de destruir e impedir o crescimento das células do linfoma;
  • Imunoterapia: é uma abordagem menos agressiva no tratamento da doença, que utiliza o sistema imunológico do corpo para combater o câncer.

Há como prevenir o Câncer de Linfoma de Hodgkin?

Conforme o Hospital Israelita Albert Einstein, não existem formas conhecidas de prevenir o linfoma de Hodgkin.

Sabe-se, entretanto, que “pessoas com o sistema imunológico comprometido, como consequência de doenças genéticas, infecção pelo vírus HIV e uso de remédios que reduzem a atividade do sistema de defesa do corpo (imunossupressoras), têm risco maior de desenvolver a doença”.

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