Fernando José Sarney assume o comando da entidade de forma temporária
Uma decisão tomada nesta quinta-feira (15) pela justiça do Rio de Janeiro afasta temporariamente Ednaldo Rodrigues da presidência da Confederação Brasileira de Futebol. Com o afastamento, o vice, Fernando José Sarney, um dos apoiadores do afastamento, assume o comando da entidade. Essa é a segunda vez que Ednaldo é afastado. A primeira aconteceu em 2023, quando a eleição que o levou ao cargo estava sendo investigada.
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A nova decisão se deve à uma possível falsificação da assinatura de um dos vice-presidentes da entidade, o Coronel Nunes, em um acordo que dava poder ao baiano. Esse documento em que a fraude teria ocorrido reconhecia a validade do processo eleitoral que elegeu Ednaldo presidente pela primeira vez. Diversos membros teriam votado favoráveis a validade, como o Coronel Nunes, Castellar Neto, Fernando Sarney, Gustavo Feijó, Adriano Aro (presidente da Federação Mineira) e o próprio Ednaldo Rodrigues.
No entanto, um detalhe chamou a atenção da justiça. De acordo com exames médicos, o coronel estava com déficit cognitivo por conta de uma cirurgia a qual foi submetido durante tratamento contra um câncer no cérebro. O laudo passou a circular porque foi inserido em um processo na Justiça do Pará, no qual Nunes tentava interromper descontos de pensão da aposentadoria que recebe.
Além desse documento, um outro foi citado na petição de José Sarney para tirar Ednaldo do poder. Na mesma época em que foi registrada a primeira assinatura, Coronel Nunes também teria assinado um outro acordo que dava poderes a outra pessoa para gerir sua conta bancária. A escrevente do cartório até foi ao encontro do Coronel porque ele estava “impossibilitado de comparecer” ao órgão. A procuração tem tanto a assinatura por extenso quanto a rubrica do Coronel.
Perícia
Uma perícia, contratada pelo vereador carioca Marcos Dias, apontou “impossibilidade de vinculação do punho” ao Coronel Nunes. O documento diz que houve “divergências em relação aos padrões apresentados, conforme demonstrado no exame, bem como, ressaltando a fragilidade do documento questionado, em razão da ausência de grampeamento/fixação de folhas e ausência de rubricas”.
A empresa contratada, no entanto, tem histórico polêmico. Utilizou vídeos para acusar o padre Júlio Lancelotti de pedofilia, além também ter o trabalho contestado no caso em que a apresentador Ana Hickmann assinou documentos que geraram uma dívida na casa de R$ 1 milhão.
Segundo a CBF, o laudo “está sendo utilizado de forma midiática e precipitada, em verdadeira espetacularização que atende a interesses nada republicanos e aparentemente questionado por terceiros absolutamente estranhos ao processo”.
Porém, quando o STF determinou que o caso das eleições voltasse para a justiça do Rio, o coronel não apareceu para prestar esclarecimentos. Diante do cenário, o desembargador Gabriel Zefiro determinou o afastamento de toda a diretoria.
E agora?
Agora sob o comando da entidade máxima do futebol do país, Fernando Sarney deve convocar eleições para os cargos de diretores da entidade.
Com informações de Band.com.br e Portal Uol
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