Falta de lógica

Quando eu era menina, fui em uma excursão com a escola, para descer a serra do mar. Refazer a pé o trajeto feito pelos valentes homens que encaravam o mato no Brasil Colônia.

 

O trajeto que Dom Pedro fazia. Porém nós iríamos na estrada velha já aberta (desativada), numa proposta incrível de conhecer o história, a geografia do terreno, a biologia, além de aprender a organizar informações e registrar um relatório depois.

 

Bastante coisa para aprender, em um único passeio muito bem planejado pela escola, que queria nos preparar para sermos seres pensantes e questionadores, graças a Deus.

 

Uma excursão inesquecível para mim, duas coisas muito marcantes são as que eu mais trago na memória.

 

A primeira delas é que ao observarmos as plantas, fomos também analisando o ecossistema, quando de repente nos deparamos com uma árvore já definhando por conta da parasita que havia sugado suas energias.

 

O que acontece é que a planta parasita não faz ideia de que sugando a energia da árvore, ela mesma não teria mais energia para si. Como a floresta é gigante, pode passar a impressão de que facilmente é possível ir para outro hospedeiro saudável.

 

Isso me lembra a situação atual mundial e a percepção das teorias vitimistas/comunistas de que a responsabilidade pela solução dos problemas sociais está nas pessoas que trabalham de sol a sol e pagam os seus impostos. É como desmatamento em floresta, entende? Em algum momento a floresta transforma-se em deserto.

 

Não tem lógica sugar a energia das pessoas trabalhadoras e dos empresários que geram emprego. É preciso diminuir a máquina pública em lugar de aumentar os fiscais das finanças alheias, das redes sociais e os gastadores de plantão.

 

Isso para mim é o que tem lógica. 

 

Outra coisa que me chamou atenção foi o que fizemos no caminho de volta para a escola. Paramos na Vila Socó. Estivemos lá, após o incêndio de 24 de fevereiro de 1984, que vitimou muita gente. Haviam reconstruído as casa das pessoas que perderam seus barracos. Impossível repor as vidas perdidas.

 

Era nítida a diferença que surgiu em meio àquela comunidade. De um lado casas, de outro muitos barracos, ainda.

 

Fiquei muito sensibilizada, na certeza de que o poder público cuidaria dos demais. Afinal impostos são para políticas públicas, certo?

 

Ah! Meus Deus. Santa ingenuidade de outrora.

 

A gente ri, para não chorar.

 

As pautas debatidas hoje, não são no sentido de pensar em como minimizar as diferenças sociais, mas a luta pelo quinhão dos impostos da população produtiva do país.

 

E os argumentos são: o branco colonizador prejudicou vocês, é responsável e merece sofrer de volta para repor o que seu tataravô colonizador fez com os menos privilegiados.

 

E no discurso separatista, alguns escolhidos se favorecem com a lei Rouanet.

 

Quantas casas seria possível ser construídas com os R$ 6.000.000,00 distribuídos para um projeto artístico aqui, outro ali?

 

E é a direita, trabalhadora que sustenta os impostos, que não se sensibiliza com a situação dos menos favorecidos?

 

Meu avô e minha ascendência italiana é que são os culpados pela má gestão dos recursos públicos? Sim, você é branca e por ser branca é responsável. Não tem lugar de fala. Que discruso mais ridículo.

 

Lógico que não posso ter lugar de fala, porque se eu falo e você entende, de repente percebe que esse blá blá blá é falácia.

 

Só rindo para não chorar.

 

Esquema nefasto este de discutir quem é o vilão, jogar pessoas contra pessoas, e ir gastando o dinheiro público ao seu bel prazer.

 

Quem ainda acredita nesses crápulas? 

 

Quem não percebe que eles são como as plantas parasitas?

 

Quem ainda vê TV é só acredita no que passa nela?

 

Vitimistas, acordem! Quem te mantém vítima é quem faz uso do dinheiro público, sem responsabilidade, quem colabora construindo narrativas e fakes veiculadas como verdade na TV, quem tem a capacidade de dizer que aumentar a gasolina é bom, por exemplo. Esses querem perpetuar o sistemão em que saem cheios da bufunfa.

 

Esses são os que armaram para todos. Que inventaram o “todes” para você debater gênero, no lugar de debater orçamento.

 

ACCOOOOOORRRDAAAAA! Que tá foda.

 

A falta de lógica é estratégia.

 

Esquerda, continue brigando com a direita, continue aplaudindo a gastança, que sua picanha vai ser ovo por bastante tempo. Talvez nem ovo, que já tá ficando tão caro que SOCORRO.

 

E não coloca a culpa no produtor não. São os impostos e a gasolina, seu José.

 

Como é bom estar fora da bolha e ver o que eu não via de dentro dela.

 

Irmãos galácticos conto com vocês.

 

Guerreira da Luz

Quem sou? Sou declaradamente de direita. Sou Patriota, branca, étero, mulher, mãe, irmã, amiga, filha de papai, orgulho da mamãe, parceira da verdade, defensora da quebra das narrativas. Sou economista tradicional, pedagoga anti Paulo Freire, pós graduada em neuroaprendizagem, terapeuta e sou uma escritora irreverente.

 
 
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