Prefeito de Florianópolis garante tolerância zero após secretários serem investigados

Uma operação da Polícia Civil deflagrada hoje em Florianópolis colocou em xeque a administração municipal ao mirar diretamente dois secretários da gestão do prefeito Topázio Neto (PSD). A ação, que pegou o executivo de surpresa, está relacionada a possíveis irregularidades na contratação emergencial de uma empresa para a coleta de resíduos sólidos durante a greve da Comcap, em janeiro de 2021.

Em pronunciamento à NSC TV, o prefeito Topázio Neto enfatizou sua postura de não tolerar ilegalidades e aguarda detalhes da investigação para determinar o futuro dos servidores envolvidos. A operação, que envolveu 24 mandados de busca e apreensão em Florianópolis e Porto Velho, e quatro ordens de afastamento de cargo público, direcionou-se especialmente aos secretários Ed Pereira, do Esporte, e Fábio Braga, do Meio Ambiente.

A investigação aponta que a empresa, sediada em Porto Velho, Rondônia, foi contratada de forma emergencial, sem licitação, um dia antes do início da greve, embora já anunciasse vagas de emprego para coleta de resíduos em Florianópolis em dezembro de 2020. Além disso, o inquérito destaca a prática inadequada de transbordo de resíduos em um terreno próximo à Passarela Nego Quirido, sob responsabilidade da pasta do Esporte na época, levantando suspeitas sobre o papel de Ed Pereira no caso.

Enquanto as autoridades continuam a desvendar a trama, o prefeito Topázio Neto assegura que a contratação da empresa foi regular e que a rescisão do contrato em 2022, devido à má qualidade do serviço, não estava atrelada a irregularidades. Ele ressalta seu compromisso em corrigir erros e aguarda o acesso aos autos para tomar as devidas providências.

Os materiais apreendidos, incluindo eletrônicos e documentos, serão essenciais na investigação conduzida pela Delegacia de Investigação de Crimes Ambientais e Crimes contra Relações de Consumo da Diretoria Estadual de Investigação Criminal (Deic), que apura um leque de crimes, desde poluição ambiental até corrupção e lavagem de dinheiro.

A Câmara de Vereadores de Florianópolis, também alvo das buscas, confirmou a ação envolvendo dois servidores legislativos, mas enfatiza que a investigação não está relacionada à instituição, comprometendo-se a prestar o apoio necessário.

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