‘Fumou maconha e bebeu cerveja’, diz amigo de empresário que morreu em Interlagos

Empresário morto em Interlagos bebeu e usou maconha antes de morrer, diz amigo

Amigo de empresário morto em Interlagos diz que eles beberam cerveja e fumaram maconha antes de Adalberto desaparecer – Foto: Reprodução/ND

O caso do empresário morto em Interlagos ganhou um novo capítulo após depoimento à polícia por um amigo próximo de Adalberto Amarílio dos Santos Junior, de 35 anos.

Ele afirmou que os dois consumiram cerca de oito copos de cerveja e fumaram maconha durante o festival de motocicletas que ocorreu na última sexta-feira (30), antes do empresário desaparecer em Interlagos, na zona sul de São Paulo.

De acordo com o depoente, Junior, como era chamado, ficou mais agitado do que o habitual após consumir a bebida alcoólica e a droga.

Por volta das 21h15, ele se despediu dizendo que precisava ir para casa jantar com a esposa, a farmacêutica Fernanda Dândalo, de 34 anos. Desde então, não foi mais foi visto com vida.

Empresário morto em Interlagos estava agitado antes de desaparecer, diz amigo

Adalberto júnior, o empresário morto em Interlagos, foi encontrado na terça-feira (3), dentro de um buraco de obra localizado no autódromo. Estava sem as calças e os tênis, e o corpo ficou preso na parte superior da estrutura. Não havia marcas de sangue, lesões ou sinais visíveis de violência.

Segundo o amigo, ele e Junior se conheciam havia oito anos, compartilhando o interesse por motocicletas. Ambos integravam o grupo de WhatsApp “Renatinha motoqueirinha”, onde conversavam diariamente e organizavam passeios de moto bimestralmente. Também praticavam tênis juntos semanalmente.

Corpo de Adalberto estava em buraco de uma obra

Corpo de Adalberto júnior estava enterrado de cabeça para baixo dentro de buraco de uma obra próxima ao autódromo – Foto: Reprodução/ND

No dia do desaparecimento, os dois se encontraram no festival e realizaram cadastro para testar motocicletas das marcas BMW e Triumph. As atividades na pista começaram às 14h30 e terminaram por volta das 17h.

Depois, tomaram café, circularam entre os estandes e, a convite do empresário morto em Interlagos, começaram a beber cerveja — tudo ainda dentro do evento.

Às 17h15, assistiram a uma prova de motocross. Mais tarde, às 19h45, viram o show do cantor Matuê, momento em que Junior comprou e fumou maconha. O show terminou às 21h, e quinze minutos depois, ele se despediu do amigo.

A testemunha relatou que, embora o empresário estivesse agitado, não presenciou nenhum tipo de confusão, discussão ou atitude suspeita. Após a despedida, permaneceu no local, comeu um hambúrguer e saiu às 22h30. À meia-noite, recebeu mensagem da esposa de Junior, preocupada com seu desaparecimento. Ele então se prontificou a ajudar nas buscas.

Segundo o depoimento à Polícia Civil, no domingo (1º), a moto do amigo do empresário, que testemunhou no caso, — uma Triumph Scrambler 1200 — foi roubada por quatro homens armados. O crime foi inclusive registrado na Delegacia Eletrônica.

Esposa de Adalberto acredita em indícios de crime

Esposa de Adalberto Júnior, Fernanda Dândalo, questiona possibilidade de acidente – Foto: Reprodução/ND

Esposa do empresário morto em Interlagos cobra explicações e vê indícios de crime

Fernanda Dândalo, esposa do empresário morto em Interlagos, desabafou dizendo viver um pesadelo. “Isso é um pesadelo que eu não desejo para ninguém. Nem para a pessoa com a maior maldade no coração”, afirmou, demonstrando indignação com o mistério da morte do marido.

Ela questiona a possibilidade de acidente. “Como alguém sai do evento, vai para o estacionamento e, dentro do estacionamento, é morto? Como assim? Sem roubar nada?”, questionou indignada.

Segundo Fernanda, Adalberto era uma pessoa querida, sem inimigos. “O Junior sempre foi uma pessoa tão boa. Eu posso dizer que com certeza ele foi vítima de um crime. Ele jamais tiraria as calças e o sapato e entraria num buraco. Isso não tem sentido nenhum”, concluiu.

As investigações continuam para esclarecer as circunstâncias da morte, que até o momento permanece sem explicação clara.

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