Novas tecnologias melhoram resultados da semeadura direta de cebola

A forma de plantar cebola na região de Ituporanga está mudando. O trabalho exigido por uma grande equipe de trabalhadores, que fazia o plantio manualmente, está sendo substituído pela tecnologia cada vez mais avançada de equipamentos agrícolas, insumos e sementes.

O engenheiro agrônomo da Cravil, Antônio Sausen, especialista no cultivo de cebola, explica que a dificuldade de encontrar mão de obra no período de inverno pode ampliar em 100%, em comparação a última safra, a adoção da semeadura direta na região de Ituporanga, uma das maiores produtoras do país. “Essa mão de obra geralmente vem de outras regiões e está cada vez mais escassa e cara”, destacou.

Esse foi um dos principais motivos que levaram os irmãos Adilson e Sidinei de Souza Neto a optarem pela semeadura direta de cebola na localidade de Bela Vista, em Ituporanga. Com mais de 90 hectares a serem cultivados, os tratores só param para reabastecimento de combustível e sementes.

A bordo de um trator repleto de novidades tecnológicas, Sidinei destacou a importância dessa nova ferramenta na busca por maior produtividade. “Essa foi uma das últimas plantadeiras lançadas, tudo com motor elétrico, sem corrente, e funciona muito bem”, frisou.

A plantadeira de 12 linhas, espaçadas em 30 centímetros, espalha uma média de 14 a 15 sementes por metro linear. Além disso, o trator é equipado com um sistema de monitoramento que permite o controle total do plantio sem sair da cabine. “A gente pode gerenciar quantas sementes por hectare e a velocidade do trator. Além disso, o monitor informa quando está acabando a semente no reservatório”, explicou Sidinei.

Antes da semeadura, é feito o processo de arrastão para aplicação de adubo, seguido por um rolo compactador, que nivela o solo para o recebimento da semente peletizada.

 

Novos herbicidas garantem segurança no plantio

Sausen explica que outra dificuldade enfrentada pelos produtores era o manejo no início do plantio, o que prejudicava a germinação das plantas. “A gente fazia a semeadura direta e não conseguia controlar as ervas daninhas. A lavoura ficava tomada pelo mato e a produtividade caía. Com a nova linha de herbicidas, que também são comercializados pela Cravil, conseguimos um controle mais eficiente e mantemos as lavouras limpas até o final. Se temos uma germinação uniforme, vamos alcançar uma boa produtividade”, destacou.

Outra tecnologia que impulsiona o avanço da semeadura direta é o uso de sementes peletizadas, também chamadas de sementes encapsuladas. Essas sementes passam por um processo de revestimento com uma camada externa, geralmente de argila, fertilizantes ou outros materiais, para facilitar a semeadura e melhorar a germinação.

O processo de peletização visa tornar as sementes mais fáceis de manusear e distribuir uniformemente, além de fornecer proteção e nutrientes extras para as plantas em desenvolvimento.

Santa Catarina é o maior estado produtor de cebola do Brasil. Na safra 2024/2025, dados da Epagri apontam que foram colhidas 556,2 mil toneladas, cerca de 150 mil toneladas a mais do que na safra anterior, de 2023/2024, que foi de 402,9 mil toneladas.

Com o aumento da produção em outros estados, o preço médio de venda do quilo ficou entre R$ 0,90 e R$ 1, bem abaixo do custo de produção, que gira em torno de R$ 1,68 por quilo. Diante desse cenário, a expectativa é de que a área plantada no país sofra uma redução neste ano. No entanto, na região de Ituporanga, está previsto um aumento de até 6% na área cultivada.

Sausen estima que a produtividade da cebola para a próxima safra fique entre 35 a 40 mil quilos por hectare. “Quem ainda tiver dúvidas sobre a semeadura direta pode contar com a assessoria da Cravil. Temos técnicos capacitados para orientar todo o processo. O produtor que buscar esse apoio certamente sairá na frente, com grande chance de obter uma boa produtividade”, finalizou.

 

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