

Gilson Machado foi preso nesta sexta-feira pela Polícia Federal – Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasi/ND
O ex-ministro do Turismo Gilson Machado prestou depoimento à Polícia Federal nesta sexta-feira (13), no Recife, após ser preso por suspeita de tentar intermediar a emissão de um passaporte português para o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.
Durante o depoimento, Gilson Machado negou qualquer tentativa de ajudar Mauro Cid a sair do Brasil. Segundo ele, o contato com o consulado de Portugal no Recife foi apenas para tratar de documentos do pai, de 85 anos.
“Não matei, não trafiquei drogas, não tive contato com traficantes. Apenas pedi um passaporte para meu pai”, afirmou o ex-ministro ao chegar ao Instituto de Medicina Legal (IML), em Santo Amaro, onde passou por exame de corpo de delito.
Gilson Machado também nega ter ido a embaixadas

Gilson Machado e Bolsonaro durante encontro em Natal horas antes de ser preso – Foto: Redes Sociais/Reprodução
Gilson declarou que não esteve presencialmente em nenhuma embaixada ou consulado, seja no Brasil ou no exterior. “É só verificar as ligações e os áudios que mandei para os funcionários dos consulados. Não estive presente em lugar nenhum”, reforçou.
A prisão preventiva foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). A defesa de Gilson Machado informou que ainda não teve acesso ao inquérito da Polícia Federal. “Vamos solicitar os documentos do processo para entender os motivos da detenção”, disse o advogado Célio Avelino.
Caso Mauro Cid

Mauro Cid presta depoimento à PF nesta sexta-feira – Foto: Lula Marques /Agência Brasil
Mauro Cid, que já é réu no STF por participação em suposta tentativa de golpe, também foi alvo de nova operação da PF. A suspeita é que estivesse planejando uma fuga do país com ajuda de aliados. Ele presta novo depoimento em Brasília na manhã desta sexta-feira.
A Procuradoria-Geral da República acredita que Gilson Machado tentou viabilizar a saída de Mauro Cid do Brasil por meio de um passaporte português, o que configuraria obstrução da Justiça.
*Com informações de R7