Outono pode causar alteração vocal e dificuldade na respiração

A chegada do outono é marcada por mudanças nas condições climáticas nas diferentes regiões brasileiras. As ondas de frio mais intensas provocam uma queda considerável na temperatura e o tempo mais seco atua como fator irritativo da mucosa nasal e vocal.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), no Brasil, 47 milhões de pessoas sofrem de diversos tipos de rinite. E no outono, os casos tendem a aumentar em pelo menos 40%. As principais causas da rinite estão ligadas a fatores ambientais em que, por exemplo, mudanças de temperatura, ácaros, pêlos ou poeira, podem desencadear uma crise.

Os principais sintomas que as pessoas apresentam nesta época são obstrução nasal (entupimento), coriza, espirros (algumas vezes espirra mais de 20 vezes seguidas), aumento de pigarros, os famosos ham-hans, coceira no nariz, coceira nos olhos. A manifestação desses sintomas pode causar a disfonia (rouquidão), tosse seca, voz anasalada, respiração oral, dificuldade para mastigar com a boca fechada e em casos mais acentuados, até mesmo dificuldade para engolir. Aqui o alerta aumenta para as crianças devido ao fator nutricional que pode levar à rápida perda de peso.

A Fonoaudióloga Márcia Celine, especialista em Voz pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia e conselheira efetiva do CREFONO 3 (Conselho Regional de Fonoaudiologia do Paraná e Santa Catarina) explica porquê um clima mais frio favorece a manifestação dos sintomas desagradáveis.

“A temperatura climática desta época favorece a baixa ingestão de água o que beneficia o ressecamento das mucosas corporais provocando sintomas como os pigarros e a tosse seca, que pode levar à lesão das Pregas Vocais”, explica a especialista.

Várias pesquisas foram realizadas a cerca do assunto e há unanimidade entre os profissionais Otorrinolaringologistas, Alergologistas e Fonoaudiólogos no alerta para o tratamento adequado e os cuidados que se deve ter nesta época.

Segundo a Fonoaudióloga, o sintoma mais comum na rinite é a obstrução nasal. “É isso que leva à respiração oral com a postura de lábios abertos e a língua rebaixada, causando a flacidez da musculatura de lábios, língua e bochechas. A frequência deste modo respiratório pode gerar os problemas funcionais”, reforça Márcia Celine. Para que haja um diagnóstico adequado do tipo de obstrução apresentada, é fundamental a visita ao Otorrinolaringologista para definição de conduta.

Fica o alerta com cuidados gerais para evitar a manifestação dos sintomas desagradáveis: manter o ambiente sempre ventilado, ingerir ao menos 2 litros de água ao dia, evitar pigarrear, evitar mudanças bruscas de temperaturas e evitar locais fechados. Evitar a automedicação e uso aleatório de sprays nasais.

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