Identificação correta do paciente dá mais segurança aos tratamentos na Rede Ebserh

HU-UFSC está entre os hospitais da rede que adotam boas práticas cotidianas essenciais para garantir a qualidade do cuidado

Em abril, o calendário da saúde se volta mais profundamente para a segurança do paciente, mas as ações e reflexões propostas neste período reforçam aquilo que é feito todos os dias para garantir a qualidade do cuidado. A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), então, na campanha de 2024, está promovendo uma programação relacionada a oito práticas de segurança, durante todo o mês, nos 41 hospitais vinculados à Rede.

O primeiro ponto abordado não poderia ser outro: a identificação correta, aspecto que perpassa toda a permanência do usuário na instituição, sendo também a primeira meta de Segurança do Paciente estabelecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Ponto de partida: a pulseira como ferramenta de identificação

Na admissão de um paciente, a famosa “pulseira” aparece como método necessário de identificação. Esse mecanismo é, ao mesmo tempo, simples e essencial porque deixa visíveis e acessíveis os principais dados de reconhecimento para a equipe, garantindo a segurança assistencial, contribuindo de forma efetiva para redução de incidentes e eventos adversos.

Apesar de ser mais rotineiro o uso da pulseira, a identificação do paciente deve ser aplicada também em outros locais e com outras estratégias, como em etiquetas e rótulos de medicamentos, por exemplo. Todos os leitos e refeições também são identificados com os dados da pessoa internada, para garantir que o cuidado de saúde seja prestado à pessoa a que se destina.

A implementação da identificação correta requer padronização em cada instituição, sendo necessário ter, no mínimo, dois identificadores nas pulseiras. Por exemplo, nome completo e data de nascimento do paciente. Para recém-nascidos internados nas Unidades de Terapias Intensivas Neonatais (UTIs Neo), ou crianças na Pediatria, há um identificador essencial: o nome completo da mãe ou responsável legal. Além da pulseira, o hospital pode adotar cores que indicam alergias ou fatores de risco para incidentes que a pessoa possa apresentar, que reforçam com a equipe de saúde as medidas preventivas que devem ser aplicadas.

Assim, a pulseira é um recurso necessário para reconhecer o paciente, pois é o ponto de partida para garantir a execução segura de procedimentos, como na administração de medicamentos, realização de cirurgias, transfusões de sangue e hemoderivados, recebimento da dieta e até na ocasião de falecimento. Ou seja, a cada momento do cuidado, o profissional de saúde checa os dados do paciente.

Todos os hospitais da Rede têm um protocolo institucional de identificação onde constam todas essas orientações. Além disso, as equipes dos Setores de Gestão da Qualidade realizam capacitações periódicas durante todo o ano para sensibilização dos profissionais a respeito da importância dessa temática.

Envolvimento do paciente e acompanhante no processo de cuidado

A identificação passa pela pulseira, mas continua na verificação constante do profissional de saúde junto ao paciente e seu acompanhante. Graciele Trentin, chefe do Setor de Gestão da Qualidade do Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago, da Universidade Federal de Santa Catarina (HU-UFSC), conta que o HU-UFSC elaborou um Procedimento Operacional Padrão (POP) intitulado “Mecanismos de Identificação do Paciente”, sendo coordenado pelo Grupo de Quedas do Comitê de Segurança do Paciente (COSEP). O documento, explicou ela, estabelece o passo a passo de conferência dos dados em qualquer abordagem e procedimentos executados.

A Unidade de Gestão da Qualidade e Segurança do Paciente (UGQSP) do Hospital também faz visitas técnicas mensais a todas as pessoas internadas, verificando a adesão ao protocolo. “Na oportunidade, são feitas orientações ao paciente, à família e à equipe sobre a importância da manutenção da pulseira de identificação, da placa de identificação no leito e conferência dos dados em prontuário”, descreve Graciele. Promover o envolvimento do paciente na sua segurança é fundamental para assegurar a verificação de seu nome completo antes de quaisquer cuidados e nos materiais utilizados durante a assistência, como, por exemplo, nos tubos de sangue coletados para exames, ou no soro que ele irá receber.

Ações de sensibilização

No dia 8 de abril, foram realizadas ações de sensibilização sobre este assunto em todos os hospitais da Rede Ebserh. Foi o “Dia D pela Identificação do Paciente”. No HU-UFSC foram realizadas rondas nas unidades assistenciais, com rodas de conversa entre os profissionais, os pacientes e os acompanhantes com orientações sobre a correta identificação. O calendário da campanha estabelece mais sete ações que também estão acontecendo em todos os hospitais da Rede Ebserh durante o mês de abril. E no dia 19, o Grupo de Quedas realizou o “Dia D da Prevenção de Quedas no HU-UFSC” .

Saiba mais

Abril foi escolhido como mês dedicado a este tema porque, em 2013, foi lançado o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP), pelo Ministério da Saúde (MS). Um ano depois, em março de 2014, foi lançado o Programa Ebserh de Segurança do Paciente. O tema global escolhido pelo MS para a campanha 2024 é: “Comunicação e Trabalho em Equipe”.

Rede Ebserh

O Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago da Universidade Federal de Santa Catarina (HU-UFSC), faz parte da Rede da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Rede Ebserh) desde março de 2016. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo em que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.

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