Plantas tóxicas: saiba quais espécies manter fora do alcance de cães e gatos

É um hábito comum entre animais domésticos farejar ou mordiscar tudo que se vê pela frente, seja no interior de casa, no quintal, jardim ou até mesmo durante um passeio. Esse típico comportamento ocorre, principalmente, quando se trata de filhotes. No entanto, os tutores devem estar atentos com o tipo de objeto que o animalzinho entra em contato. Um exemplo são as plantas ornamentais utilizadas para decoração de ambientes internos e externos, que apresentam um potencial tóxico para os pets.
De acordo com o médico veterinário Matheus Ordoñez, é preciso ficar atento aos sintomas que podem indicar que houve ingestão ou contato com alguma planta tóxica. “Os sintomas de intoxicação podem ser erroneamente interpretados como sinais de doenças infecciosas ou parasitárias. Isso acontece devido à sua gama variada, que inclui desde náuseas, vômitos, constipação e distúrbios respiratórios até hipertermia (aumento da temperatura corporal), hiperemia (alteração na circulação sanguínea), ressecamento da pele e mucosas, entre outros sinais clínicos semelhantes”, explica.
A preocupação também deve ocorrer tanto para animais idosos quanto para filhotes, uma vez que o metabolismo pode estar prejudicado ou pouco desenvolvido, apresentando uma deficiência na defesa do organismo quando há intoxicação. Por isso, é fundamental buscar ajuda de um médico veterinário para realizar todos os procedimentos necessários.
O médico veterinário elenca as plantas que normalmente são encontradas nos lares e áreas externas, e são capazes de oferecer risco à saúde de animais domésticos. Confira:

  • Lírio: Especialmente tóxico para gatos, pode causar insuficiência renal aguda;
  • Comigo-ninguém-pode: ela é a campeã quando o assunto é plantas tóxicas para cães e gatos. Seus mecanismos de toxicidade são múltiplos e as substâncias encontradas na planta, como o oxalato de cálcio, irritam as mucosas de animais e humanos;
  • Azaleia: Tanto as folhas quanto as flores são tóxicas, podendo causar vômitos, diarreia, dificuldade respiratória e até mesmo coma em cães e gatos;
  • Filodendro: Contém oxalato de cálcio, que pode causar irritação oral, inchaço da língua e garganta, vômitos e dificuldade respiratória em cães e gatos;
  • Espirradeira: Comumente utilizada como ornamento em jardins, a Espirradeira (Nerium oleander) contém substâncias tóxicas em todas as partes. Esses princípios ativos podem causar vômitos, diarreia, ataxia, dispneia, paralisia, arritmias, coma e morte em humanos e animais domésticos. Os sintomas de intoxicação pela planta podem ser observados de 1 a 24 horas após a ingestão;
  • Dieffenbachia: Também contém oxalato de cálcio e pode causar sintomas semelhantes ao filodendro se ingerida por cães e gatos;
  • Aloe vera: Enquanto a seiva pode ter propriedades medicinais para humanos, pode causar vômitos, diarreia e tremores musculares em cães e gatos se ingerida em grandes quantidades;
  • Hortênsia: As flores e folhas contêm cianeto e podem causar vômitos, diarreia, letargia e dificuldade respiratória em cães e gatos;
  • Bico-de-papagaio (Euphorbia pulcherrima): O látex branco pode causar irritação na boca e estômago, vômitos e diarreia em cães e gatos;
  • Tulipa e narciso: Principalmente os bulbos são tóxicos e podem causar vômitos, diarreia e convulsões em cães e gatos.

“Se o seu animal ingeriu uma planta tóxica, leve-o imediatamente ao veterinário. Se possível, indique qual tipo de planta foi ingerida e a quantidade para que possam realizar o tratamento mais específico”, finaliza Matheus.

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