CPDI: Criando Pontes Digitais Inclusivas para um Futuro Sustentável

Heitor Blum S.Thiago *

Nos últimos anos, a tecnologia se tornou uma parte fundamental da vida cotidiana, transformando a maneira como nos comunicamos, trabalhamos e aprendemos. No entanto, essa revolução digital também expôs profundas desigualdades sociais.

A exclusão social é um fenômeno complexo que afeta diversas camadas da sociedade, comprometendo a capacidade de indivíduos e grupos participarem plenamente da vida econômica, social e cultural. Segundo o relatório The State of Broadband 2024, da Comissão de Banda Larga para o Desenvolvimento Sustentável da União Internacional de Telecomunicações, aproximadamente 2,6 bilhões de pessoas em todo o mundo ainda não têm acesso à internet.

Esse desafio se torna especialmente agudo em contextos em que fatores como pobreza, discriminação e falta de acesso a serviços essenciais se entrelaçam, criando barreiras que dificultam a inclusão. No Brasil, essa realidade é evidente em muitas comunidades, onde a escassez de recursos e oportunidades perpetua ciclos de exclusão.

Diante desse cenário, criar pontes digitais inclusivas é uma necessidade urgente para garantir que todos, independentemente de localização geográfica, condição socioeconômica ou habilidades profissionais, possam acessar e se beneficiar das ferramentas tecnológicas.

A Tecnologia como Ponte para a Inclusão 

A tecnologia emergiu como uma poderosa aliada na promoção da inclusão social, com o potencial de democratizar o acesso à informação e facilitar a comunicação. Nesse contexto, criar pontes digitais inclusivas é crucial não apenas para garantir a equidade social, mas também para impulsionar o desenvolvimento econômico. 

Quando todos têm acesso às ferramentas digitais, o potencial de inovação e crescimento se amplia. A inclusão social permite que mais indivíduos contribuam com suas habilidades e talentos, promovendo uma cidadania ativa e um engajamento mais eficaz em questões sociais e políticas.

Iniciativas em todo o Brasil demonstram que é possível construir essas pontes digitais inclusivas. Em Santa Catarina, o CPDI tem se destacado no empoderamento digital de crianças, jovens, adultos e idosos em situação de vulnerabilidade. 

Ao longo de mais de 20 anos, o CPDI beneficiou mais de 30 mil alunos, contando com o apoio de 40 apoiadores. Por meio de cursos e programas diversificados, o CPDI capacita pessoas de diferentes faixas etárias e contextos, evidenciando que a colaboração entre o setor público, privado e a sociedade civil é fundamental para avançar na inclusão social por meio da tecnologia.

Uma necessidade Econômica e Social

Criar pontes digitais inclusivas vai além de ser uma questão de justiça social; é um imperativo econômico. Em um mundo cada vez mais digital, garantir que todos tenham acesso às mesmas oportunidades é fundamental para um futuro sustentável. 

À medida que avançamos, é essencial que governos, empresas e a sociedade civil se unam para eliminar as barreiras que ainda persistem, construindo um ambiente mais inclusivo para todos.

A inclusão digital é um passo crucial na construção de uma sociedade mais justa e equitativa. O CPDI é a prova de como a tecnologia pode ser uma poderosa aliada na promoção da inclusão social, demonstrando que, por meio de comprometimento e colaboração, é possível transformar vidas e comunidades. 

Ao promover a inclusão social pelos meios digitais, enfrentamos a exclusão social; ao mesmo tempo que pavimentamos o caminho para um país mais forte.

* Heitor Blum S.Thiago é diretor executivo do CPDI

Sobre o CPDI

Desde 2001,  o CPDI, Criando Pontes Digitais Inclusivas, situado em Florianópolis (SC), tem sido referência na promoção da inclusão social. Trabalhamos lado a lado com organizações e voluntários com foco em empoderar a comunidade digitalmente. Fazemos isso fortalecendo o exercício da cidadania. Em 2004, fomos reconhecidos como uma organização de Utilidade Pública Municipal pela Lei 6494. Isso destaca nosso compromisso em utilizar a tecnologia para combater a pobreza, reduzir desigualdades e estimular o empreendedorismo. Já em 2011, recebemos o reconhecimento como uma organização de Utilidade Pública Estadual pela Lei 15.565 de 21 de setembro. Nossa abordagem dinâmica e participativa tem o objetivo de transformar a realidade local através da ação cidadã. Vamos juntos?

Missão

Transformar vidas, fortalecer comunidades por meio da formação em tecnologias da informação e comunicação e de um aprendizado complementar voltado à prática da cidadania e do empreendedorismo.

Visão

Acreditamos em um mundo onde as pessoas possam participar ativamente da nova sociedade do conhecimento como cidadãos autônomos, críticos e empreendedores.

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