Tudo sobre os orangotangos, animais com superinteligência e comportamentos únicos 

Os orangotangos são grandes primatas que vivem no Sudeste Asiático e possuem inteligência única, fazendo deles animais com comportamento diferentes e impressionantes.

Imagem de orangotango na floresta olhando para a câmera

Nesta segunda-feira (19), é comemorado o Dia Mundial do Orangotango – Foto: Mega Curioso/Reprodução/ND

O dia 19 de agosto é lembrado como o Dia Mundial do Orangotango. A data é dedicada ao cuidado dos animais, nativos do Sudeste Asiático, nas ilhas de Bornéu e de Sumatra.

Ao todo, existem cerca de três espécies de orangotangos na natureza. O orangotango de Bornéu (Pongo pygmaeus), que habita a ilha de Bornéu; orangotango de Sumatra (Pongo abelii) e o orangotango de Tapanuli (Pongo tapanuliensis), ambos encontrados ao norte da ilha de Sumatra.

Com 1,3 metro de altura e aproximadamente 130 kg, os orangotangos impressionam não somente pelo tamanho, mas também por apresentarem um comportamento peculiar de grande inteligência.

Esses primatas conseguem criar e usar ferramentas, ter boa percepção de espaço, tempo e temperatura, além de inteligência emocional e de comunicação.

A média do peso corporal dos orangotango de Bornéu é ligeiramente mais alta que a dos humanos, embora a sua altura média seja menor - Freepik/Reprodução/ND

1
3

A média do peso corporal dos orangotango de Bornéu é ligeiramente mais alta que a dos humanos, embora a sua altura média seja menor – Freepik/Reprodução/ND

O orangotango de Tapanuli só foi identificado em 2017 como espécie, e já agora está ameaçado de extinção - Freepik/Reprodução/ND

2
3

O orangotango de Tapanuli só foi identificado em 2017 como espécie, e já agora está ameaçado de extinção – Freepik/Reprodução/ND

O Orangotango de sumatra é o único que vive fora do continente africano e o único que prefere uma vida mais solitária - Freepik/Reprodução/ND

3
3

O Orangotango de sumatra é o único que vive fora do continente africano e o único que prefere uma vida mais solitária – Freepik/Reprodução/ND

Criação de ferramentas

Existem diferenças comportamentais entre as espécies das ilhas de Bornéu e Sumatra.

Algo comum que os primatas de Sumatra fazem é utilizar gravetos para extrair insetos ou mel dos buracos das árvores e para tirar sementes de frutas de casca dura.

Em maio de 2024, o mundo científico ficou chocado com a descoberta, que um macho dessa espécie havia aprendido a fabricar uma pasta medicinal de plantas para tratar um machucado em seu rosto.

Orangotangos: comunicativos e sociáveis

A comunicação entre os animais é uma das características mais complexas e diversas dos primatas.

A forma mais famosa de comunicação dos orangotangos é o “chamado longo”, realizado apenas por machos adultos com flanges (um tipo bochecha característica). Esses chamados são ouvidos a mais de 1 km de distância e por mais de um minuto.

Para emitir uma série de “rugidos” longos, suas bochechas afunilam o som em uma direção específica.

Alguns machos usam seus chamados longos para atrair as fêmeas, tendo sido observado que as fêmeas de Bornéu, por exemplo, conseguem reconhecer os chamados de cada macho.

Quando em cativeiro, eles podem aprendem alguns comportamentos de humanos, podendo produzir pinturas e aprender linguagem de sinais.

Orangotango se alimentando em zoológico

Alguns exemplares de orangotangos em reabilitação no Parque Nacional Tanjung, em Bornéu, na Indonésia, foram vistos imitando comportamentos humanos, como lavar roupas, escovar os dentes e martelar pregos – Foto: ANDA/Reprodução/ND

Animais protetores

Conforme um artigo publicado na Smithsonian Magazine, alguns pesquisadores acreditam que os orangotangos também podem ter consciência de tempo e espaço.

Um artigo se baseou em sete orangotangos que foram levadas a pensar que haviam visto predadores em potencial. Entretanto, tratavam-se de dois cientistas envoltos em lençóis com listras de tigre.

Ao longo de 24 horas de exposições simuladas, eles registraram 12 casos em que as mães gritavam avisando para seus bebês dos perigos.

Os autores desse estudo também observaram correlações entre lapsos no tempo de alerta e a distância da mãe de um predador percebido, bem como a idade dos bebês envolvidos.

Quanto mais próximo o predador estava, menor era a probabilidade de os orangotangos emitirem qualquer sinal de alerta.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.