Mpox: quais são os sintomas e como se pega a doença que virou emergência internacional

Santa Catarina confirmou 10 casos da mpox em 2024. O aumento de 160% dos casos da doença no continente africano fez a OMS (Organização Mundial da Saúde) declarar emergência em saúde pública internacional. Entenda quais são os sintomas e como se pega a doença.

Mpox: conheça os sinais e sintomas e como se pega a doença

Erupções cutâneas são um dos sintomas característicos da Mpox – Foto: Reprodução/ND

Conforme o Ministério da Saúde, o intervalo entre o primeiro contato com o vírus até o início dos sinais e sintomas da mpox (período de incubação) é tipicamente de 3 a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias.

Quais são os sintomas da mpox*

  • Erupções cutâneas ou lesões de pele
  • Linfonodos inchados (ínguas)
  • Febre
  • Dor de cabeça
  • Dores no corpo
  • Calafrio
  • Fraqueza

Após a manifestação de sintomas como erupções na pele, o período em que as crostas desaparecem, a pessoa doente deixa de transmitir o vírus a outras pessoas. As erupções na pele geralmente começam dentro de um a três dias após o início da febre, mas às vezes, podem aparecer antes da febre.

As lesões podem ser planas ou levemente elevadas, preenchidas com líquido claro ou amarelado, podendo formar crostas, que secam e caem. O número de lesões em uma pessoa pode variar de algumas a milhares de lesões. As erupções tendem a se concentrar no rosto, na palma das mãos e planta dos pés, mas podem ocorrer em qualquer parte do corpo, inclusive na boca, olhos, órgãos genitais e no ânus.

O que fazer caso sentir sintomas de Mpox

O Ministério da Saúde informou que, em caso de sintomas compatíveis de mpox, procure uma unidade de saúde para avaliação e informe que teve contato próximo com alguém com suspeita ou confirmação da doença. Se possível, isole-se e evite contato próximo com outras pessoas. Higienize as mãos regularmente e siga as orientações para proteger outras pessoas da infecção.

Como se transmite Mpox

Segundo o Ministério da Saúde, a principal forma de transmissão da mpox acontece por meio do contato direto pessoa a pessoa — pele, secreções, como pus, sangue das lesões — e exposição próxima e prolongada com gotículas e outras secreções respiratórias. Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infectantes, o que significa que o vírus pode ser transmitido por meio da saliva.

A infecção também pode ocorrer no contato com objetos recentemente contaminados, como roupas, toalhas, roupas de cama, ou objetos como utensílios e pratos, que foram contaminados com o vírus pelo contato com uma pessoa doente.

Já a transmissão por meio de gotículas, normalmente, requer contato próximo prolongado entre o paciente infectado e outras pessoas, o que torna trabalhadores da saúde, familiares e parceiros íntimos, pessoas com maior risco de infecção.

Uma pessoa pode transmitir a doença desde o momento em que os sintomas começam até a erupção ter cicatrizado completamente e uma nova camada de pele se formar.

Como mpox é diagnosticada

O diagnóstico da mpox é realizado de forma laboratorial, por teste molecular ou sequenciamento genético. O teste para diagnóstico laboratorial será realizado em todos os pacientes com suspeita da doença. A amostra a ser analisada será coletada, preferencialmente, da secreção das lesões. Quando as lesões já estão secas, o material encaminhado são as crostas das lesões. As amostras estão sendo direcionadas para os laboratórios de referência no Brasil.

Vacina contra a mpox 

Vacina contra a mpox  Foto: Divulgação/Dive-SC/ND

Como se trata a mpox

Conforme o Ministério da Saúde, até o momento, não se dispõe de medicamento aprovado especificamente para a doença. Atualmente, o tratamento dos casos de mpox tem se sustentado em medidas de suporte clínico com o objetivo de aliviar sintomas; prevenir e tratar complicações e evitar sequelas. A maioria dos casos apresenta sinais e sintomas leves e moderados.

*informações do Ministério da Saúde

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