Mãe e padrasto acusados de matar menina de 3 anos em SC serão julgados pelo Tribunal do Júri

Acusados de matar Isabelly de Freitas, de 3 anos, mãe e padrasto terão que enfrentar o Tribunal do Júri. O caso veio à tona em 4 de março, quando o corpo da criança foi encontrado em uma mala às margens da BR-470, em Indaial, no Vale do Itajaí.

Foto da menina Isabelly, criança morta pela mãe e padrasto

Mãe e padrasto acusados de matar menina de 3 anos em SC serão julgados pelo Tribunal do Júri – Foto: Redes sociais/Reprodução ND

A Justiça julgou admissível os termos da denúncia do MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) e o casal será submetido ao Conselho de Sentença pelos crimes de homicídio, ocultação de cadáver e comunicação falsa de crime.

Conforme o MPSC, mãe e padrasto da menina foram denunciados pela 2ª Promotoria de Justiça de Indaial pelos crimes de homicídio qualificado por motivo torpe, emprego de meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima, com o agravante do crime ter sido cometido contra menor de 14 anos e por serem parentes da vítima.

No início da semana, a ação penal foi encaminhada para ser julgada pelo Tribunal do Júri.

Menina de 3 anos foi espancada até a morte pela mãe e padrasto

De acordo com os autos do processo, por volta das 11 horas do dia 4 de março, o casal teria matado Isabelly na casa onde a família residia, no bairro Rio Morto, em Indaial.

Cerca de quatro horas após o homicídio, mãe e padrasto foram flagrados por uma câmera de segurança transportando o corpo da menina em uma mala. Eles teriam a enterrado em uma cova rasa, em uma local de mata fechada, às margens da BR-470.


Imagens mostram mãe e padrasto levando mala com corpo de criança de 3 anos em Indaial – Vídeo: Polícia Civil/Reprodução/ND

Depois de ocultar o corpo, no mesmo dia, o casal divulgou o desaparecimento da menina, gerando um boletim de ocorrência sobre um suposto sequestro.

A polícia passou a investigar o caso e a mãe alegou que na tarde do dia 4 de março, sentiu falta da filha. Buscas passaram a ser realizadas nas proximidades da casa, mas nada da criança ser encontrada. Ao ouvir testemunhas, os policiais perceberam que a história contada pelo casal era falsa.

O padrasto da menina confessou o crime e indicou o local onde o corpo estava enterrado. Uma perícia foi feita no local de crime e na residência do casal, e diversos vestígios de sangue foram encontrados.

O casal foi preso e, dois dias após o crime, foi decretada pela prisão preventiva deles, que segue mantida. Foi requerido ainda medidas protetivas ao irmão da vítima, na época com 7 anos de idade.

De acordo com a denúncia do MPSC, o crime teria sido motivado, supostamente, após a menina se recusar a comer e indicado que iria chorar.

Mãe e padrasto então passaram a agredir a criança, principalmente na cabeça, o que provocou sua morte por traumatismo cranioencefálico, segundo laudo pericial.

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