O que é câncer linfático, doença agressiva diagnosticada no deputado Eduardo Suplicy

O deputado estadual Eduardo Suplicy (PT-SP), de 83 anos, anunciou nesta segunda-feira (28) que recebeu o diagnóstico de LNH (Linfoma não Hodgkin), também chamado de câncer linfático. Apesar de ser agressiva, a doença pode ser tratada com terapias específicas.

Eduardo Suplicy foi diagnosticado com câncer linfático - homem, idoso, de pele branca, careca, usa microfone pequeno para falar em tribuna

Doença diminui a imunidade e é considerada agressiva, segundo especialistas – Foto: Instagram @eduardosuplicy/Reprodução/ND

Eduardo Suplicy é diagnosticado com câncer linfático

O petista afirmou, em publicação compartilhada nas redes sociais, nesta segunda-feira (28), que recebeu o diagnóstico em julho deste ano e, desde então, segue em tratamento.

“Continuo minhas atividades na Assembleia e minhas aulas de ginástica. Felizmente meus exames já apresentam bons resultados. Por recomendação médica, estou com atividades públicas restritas por causa da minha baixa imunidade.

Agradeço o apoio, as orações e as energias positivas para que eu possa me recuperar o mais breve possível. A minha luta só termina quando eu ver implantada no Brasil e no mundo a Renda Básica de Cidadania”, explica Eduardo Suplicy na publicação.

Homem idoso branco e careca mostra RG para a foto enquanto sorri

Câncer linfático: Eduardo Suplicy confirmou diagnóstico da doença nesta segunda-feira (28) – Foto: Instagram @eduardosuplicy/Reprodução/ND

Entenda a doença

O LNH é um tipo de câncer que afeta os glóbulos brancos, também chamados de linfócitos, provocando alterações nos linfonodos (gânglios linfáticos), e também em outras partes do corpo como baço, amígdalas, medula óssea e o tecido linfático ligado ao sistema digestivo.

Os glóbulos brancos são responsáveis por ajudar a combater infecções, por isso, uma das principais consequências em pacientes com o câncer linfático é a baixa imunidade. A doença pode afetar os linfócitos B (células B) ou os linfócitos T (células T).

Doença está associada a alguns tipos de vírus – Foto: Foto/iXimus/Pixabay/Reprodução/ND

Quem tem maior risco para a doença:

  • Pessoas com imunodeficiência primária ou secundária;
  • Pacientes com condições autoimunes (artrite reumatoide, síndrome de Sjogren e etc.);
  • Pessoas que tiveram exposição a determinados produtos químicos (herbicidas, inseticidas, e etc.);
  • Inflamação crônica;
  • Hiperplasia linfonodal reativa.

Não existe uma causa definida para o surgimento do câncer linfático, no entanto, estudos apontam que alguns tipos de vírus, como o de Epstein-Barr e o da hepatite C, podem estar associados ao desenvolvimento desse tipo de câncer.

Segundo dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer), os homens apresentam maior predisposição à doença em comparação às mulheres: em 2022, foram 12.040 diagnósticos, sendo 6.420 em homens e 5.620 em mulheres.

Sinais e sintomas

  • Aumento dos linfonodos (gânglios) do pescoço, axilas e/ou virilha;
  • Suor noturno excessivo;
  • Febre;
  • Coceira na pele;
  • Perda de peso maior que 10% sem causa aparente.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico desse tipo de câncer pode ser feito a partir de exames como biópsia, punção lombar, ressonância magnética e tomografia computadorizada. Em geral, a doença é tratada por meio de quimioterapia, radioterapia ou de imuno e quimioterapia associadas.

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