6 fatores que influenciam a visualização das auroras boreais

As auroras boreais, espetáculos naturais de luzes coloridas que eventualmente iluminam os céus da região ártica do planeta, são fenômenos fascinantes que encantam observadores do mundo inteiro. No entanto, a visualização desses espetáculos celestes não é apenas uma questão de estar no lugar certo na hora certa.

Marco Brotto, especialista em expedições de caça à aurora boreal – com mais de 120 viagens em busca do fenômeno – lista alguns fatores que podem influenciar a experiência de ver as auroras boreais em toda a sua beleza.

“Ver a aurora boreal é, para a maioria dos viajantes, um sonho que está sendo realizado. Porém, antes de cair na estrada, é importante entender que a visualização nunca é garantida.  Há, sim, pessoas que retornam frustradas de suas viagens por não terem conseguido viver esse momento”, relata Brotto, que é conhecido por sua taxa de 100% de sucesso de visualização de auroras nas expedições realizadas até hoje.

Ele explica que não é simples ficar frente a frente com uma aurora, mas é possível realizar esse sonho com todo o encantamento que ele merece, sendo bem guiado por um especialista e tendo conhecimento sobre os fatores que mais influenciam esse momento. São eles:

Interferência de luz: A poluição luminosa proveniente de áreas urbanas e fontes artificiais de luz pode prejudicar significativamente a visualização das auroras boreais.

Localização geográfica: A proximidade do observador ao círculo polar ártico ou a regiões polares influencia a probabilidade de visualizar as auroras boreais. Quanto mais próximo da zona auroral você estiver, maiores serão suas chances de testemunhar esse espetáculo.

Capacidade de visualização de cor: A capacidade individual de enxergar cores e tons desempenha um papel crucial na apreciação. Algumas pessoas podem ver uma variedade mais ampla de cores nas auroras, enquanto outras percebem tons mais sutis.

Movimento do observador: O movimento e a orientação do observador também podem afetar a experiência. As auroras boreais podem ser dinâmicas e em constante mudança, e a escolha do ângulo de visão pode revelar diferentes aspectos desse espetáculo.

Poluição atmosférica: Partículas suspensas na atmosfera, como poeira, fumaça e poluição do ar, podem distorcer ou obscurecer a visão das auroras boreais. É por isso que noites de ar limpo e céu estrelado são ideais para a observação.

Atividade solar: A atividade solar desempenha um papel fundamental na sua formação. Ciclos solares afetam a frequência e a intensidade das auroras. Estar ciente desses ciclos pode aumentar as chances de uma visualização espetacular.

Embora apreciar as auroras boreais possa ser desafiador devido a esses fatores, a experiência é inegavelmente recompensadora. “A busca por esse fenômeno celestial leva a jornadas emocionantes. Coleciono expedições de caça às Luzes do Norte em todos os países do Círculo Polar Ártico e, mesmo assim, cada aurora é única”, conclui Brotto.

Por Marco Brotto

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