

Bebê com lábio leporino, condição congênita que afeta em torno de cinco mil crianças por ano no Brasil – Foto: Imagem gerada por Inteligência Artificial/ND
O lábio leporino, também conhecido como fissuras labiopalatais ou labiopalatinas, é uma condição congênita, explica o Senado Federal.
Nestes casos, há um comprometimento da fusão dos processos faciais durante a gestação. De acordo com a Biblioteca Virtual em Saúde, do Governo Federal, trata-se de uma abertura no lábio ou no palato (céu da boca), nariz, musculatura, mucosa e muitas vezes, no osso.
Isso acontece porque o lábio e o céu da boca desenvolvem-se separadamente durante os três primeiros meses de gestação.
Nas fissuras mais comuns o lado esquerdo e o direito do lábio não se juntam, ficando uma linha vertical aberta. O mesmo pode acontecer com o céu da boca. Em casos mais raros pode haver duas fissuras no palato, uma do lado direito e outra do lado esquerdo, indica o Ministério da Saúde.
Quais são as complicações do lábio leporino?
Segundo a Biblioteca Virtual, além de afetar a estética dos indivíduos, o lábio leporino também acarreta dificuldades na alimentação e na respiração, alterações na arcada dentária, comprometimento do crescimento facial e prejuízo no desenvolvimento da fala e da audição.
Quando o lábio leporino deve ser corrigido?
O tratamento da fissura, após a gestão, deve começar assim que possível. Informações médicas indicam que, a partir do 1° mês de vida do bebê com a condição, os pais devem dar entrada em um processo de avaliação e preparação do recém-nascido para a cirurgia de correção.
O procedimento acontece aos seis meses de vida da criança, mas pode ser feito também em pacientes adultos.
Pacientes com lábio leporino terão cirurgia e tratamento gratuito pelo SUS
De acordo com a Lei 15.133, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pacientes com lábio leporino ou fenda palatina passam a ter direito a tratamento completo e gratuito pelo SUS (Sistema Único de Saúde). O atendimento inclui suporte nas áreas de:
- Fonoaudiologia;
- Psicologia;
- Ortodontia e outras especialidades.
A lei garante desde o diagnóstico até a cirurgia reconstrutiva e o acompanhamento com diferentes especialistas. O objetivo do governo é assegurar não apenas a correção estética e funcional, mas também o desenvolvimento da fala, alimentação, saúde bucal e apoio emocional.