Máscara-de-Ferro: o espírito vingativo que assombrou o líder Divaldo Franco por décadas

Divaldo Franco começou a ter experiência espíritas ainda na infância

Divaldo Franco começou a ter experiência espíritas ainda na infância – Foto: Divulgação/ND

O líder espírita brasileiro Divaldo Franco, que morreu na noite de terça-feira (13), começou a ter experiências como médium ainda na infância. Aos sete anos, ele era perseguido por um espírito obsessor que buscava vingança por acontecimentos em outras encarnações.

O espírito foi chamado por Divaldo de “Máscara-de-Ferro”. Segundo o médium, a entidade sempre aparecia com o rosto coberto por uma espécie de máscara em chamas.

A relação entre o líder religioso e o espírito foi contada na biografia disponibilizada pelo centro espírita Mansão do Caminho, que foi fundado por Divaldo em 1952.

O Máscara-de-Ferro buscava vingança por desentendimentos com o líder espírita em uma encarnação passada. Os dois eram religiosos franceses no século XVII e Divaldo teria impedido que seu companheiro reencarnasse.

Mesmo após pedir perdão ao espírito, Divaldo continuou sendo perseguido. Ele era visto pelo Máscara-de-Ferro como um “inimigo” e o conflito levou anos para se encerrar.

Biografia divulgada pelo centro espírita Mansão do Caminho relata trajetória de Divaldo

Biografia divulgada pelo centro espírita Mansão do Caminho relata trajetória de Divaldo até virar médium – Foto: Divulgação/Mansão do Caminho/ND

A perseguição só acabou quando Divaldo, já adulto, acolheu uma criança abandonada em uma lata de lixo. A criança era a reencarnação da mãe da entidade que o assombrava.

“Por muitos anos o Máscara-de-Ferro fez de tudo para atrapalhar a vida de Divaldo, por sorte, sem obter sucesso”, descreve a biografia.

Divaldo Franco teve outras experiências espíritas até virar médium

Contato com a avó falecida

Em 1931, quando Divaldo tinha 4 anos, uma senhora se aproximou dele e pediu para entregar um recado: “Diga a Anna que sou Maria Senhorinha”. O menino não estranhou e atendeu o pedido.

Anna era a mãe de Divaldo. Ela disse que a idosa que conversou com ele não poderia ser Maria Senhorinha, pois essa era a sua mãe (avó de Divaldo), que morreu durante o parto de Anna.

Com dúvidas sobre a conduta do filho, a mãe levou Divaldo até a casa da Edwiges, sua irmã mais velha e que a criou na ausência de Maria Senhorinha.

No local, o menino descreveu o contato que teve com a idosa e emocionou sua tia. “Anna, é mamãe! É mamãe, Anna!”, exclamou Edwiges em lágrimas.

Morte da irmã

O líder espírita enfrentou outros acontecimentos traumáticos ainda na adolescência. Em 1939, quando tinha 15 anos, sua irmã Nair se suicidou após descobrir que era traída pelo marido.

Os irmãos tinham uma relação bastante próxima. Após a morte de Nair, Divaldo começou a ver o seu espírito, que sofria bastante e sempre aparecia implorando ajuda.

Divaldo Franco passou por diversas experiências espíritas, relacionadas com familiares, até virar médium

Divaldo Franco passou por diversas experiências espíritas, relacionadas com familiares, até virar médium – Foto: Reprodução/ND

Depois de muitos anos, Nair reencarnou como filha de uma mulher bem pobre, que recorreu à Mansão do Caminho por não ter como alimentá-la. Ela foi acolhida pelo irmão no centro espírita.

Morte do irmão

Cinco anos após a morte de Nair, a família do médium foi abalada pelo morte de José, um dos irmãos de Divaldo Franco. Durante o velório, o líder espírita sentiu que suas pernas haviam “sumido” e acabou sofrendo com uma paralisia que o deixou acamado por cerca de seis meses.

Após recorrer a alguns médicos que não conseguiram diagnosticar a natureza do problema, a família aceitou que a médium Ana Ribeiro Borges, conhecida como Dona Naná, visitasse o jovem.

Ela identificou que o espírito de José, perturbado pela morte repentina, se prendia ao irmão. A médium conseguiu que Divaldo se levantasse e voltasse a caminhar. Além disso, ela identificou a forte mediunidade do jovem e acabou sendo a responsável por apresentá-lo ao espiritismo.

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