Saiba como descobrir se o mel foi adulterado sem abrir o pote e com ajuda da luz

Você sabia que existe uma forma de descobrir se o mel foi adulterado sem abrir o pote e com ajuda da luz? Os cientistas da Universidade de Cranfield, no Reino Unido, desenvolveram uma técnica de analisar de luz por meio da espectroscopia Raman.

Imagem de pessoa puxando mel com colher

Técnica utilizada por cientistas revelam se mel foi adulterado – Foto: Canva/Divulgação/ND

Para quem não sabe, a espectroscopia Raman, foi originalmente desenvolvida para diagnósticos farmacêuticos e de segurança. Além disso, a abordagem se mostrou eficaz ao detectar a presença de xaropes de arroz e beterraba em amostras de mel do Reino Unido.

Abelha em colmeia

A técnica é rápida e eficiente, ajudando a indústria a proteger os consumidores e verificar a autenticidade ao longo da cadeia de fornecimento – Foto: Arquivo/ND

Segundo a pesquisadora líder, Marie Anastasiadia, a técnica é rápida e eficiente, ajudando a indústria a proteger os consumidores e verificar a autenticidade ao longo da cadeia de fornecimento.

Além disso, o método é portátil e fácil de implementar, tornando-o uma solução ideal para testes em diferentes pontos da produção e distribuição de mel.

Como funciona o método para ver se o mel foi adulterado?

  • Incidência de luz laser: um feixe de luz monocromática (geralmente um laser) é dirigido para a amostra.
  • Interação com moléculas: as moléculas da amostra interagem com o feixe de luz. A maior parte da luz é espalhada elasticamente (dispersão Rayleigh), sem alteração na energia. No entanto, uma pequena fração da luz sofre dispersão inelástica, resultando no efeito Raman.
  • Efeito Raman: nesse efeito, a luz perde ou ganha energia ao interagir com as vibrações das ligações moleculares. Isso gera uma mudança na frequência da luz espalhada, sendo o que o equipamento de espectroscopia mede.
  • Coleta de dados: um detector mede a diferença de energia entre a luz incidente e a luz espalhada. Essa diferença corresponde às frequências vibracionais das moléculas, que são características do material estudado.
  • Análise do espectro: o espectro resultante mostra picos em frequências específicas, que podem ser usados para identificar compostos químicos, analisar a composição de materiais ou estudar propriedades estruturais.

Vale ressaltar que a espectroscopia Raman é amplamente utilizada em áreas como química, física, biologia e ciência dos materiais, pois permite analisar amostras de forma não destrutiva e com alta resolução.

Técnica que usa a luz impede enganações com mel – Foto: Canva/Divulgação/ND

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